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A gestão do destino turístico e os novos conceitos que permeiam o turismo mundial estiveram entre os pontos centrais da visita que a comitiva potiguar – que cumpre agenda no estado alemão da Renânia-Palatinado ao longo de toda esta semana – realizou às cidades de Bernkastel-Kues e Traben-Trarbach, na região do Rio Mosel. O grupo participou de um workshop com o doutor Rembert Gügel, especialista em gestão de destinos. Ele integra a equipe de profissionais da Câmara da Indústria e Comércio de Trier (IHK).
“Há 30 anos todos os problemas do turismo, assim como suas soluções, já eram conhecidos. E eles estão ligados à necessidade de se entender que, gerir um destino é torná-lo sustentável econômica, ecológica, social e culturalmente. O turismo precisa servir à população local, e não o contrário. A percepção que um turista terá do destino não se limita a uma única experiência que ele tenha. Ela passa por todas as experiências vividas naquele lugar e, principalmente, se aquele destino atende às expectativas que ele tem”, afirmou Gügel.
E é esse conceito integrado que parte da região do Rio Mosel, mais precisamente estas duas cidades visitadas pelos potiguares, procura trabalhar. Para ilustrar o conceito, o representante da IHK dá um exemplo. “Esta é uma região grande produtora de vinhos e a atenção dada à atividade pelos operadores do turismo é total. Entendemos a produção do vinho como uma atividade empresarial, mas ela também é um atrativo turístico, por isso não a perdemos de vista e buscamos integrá-la à atividade turística”, ressaltou Rembert Gügel.
Ele diz ainda que há uma mudança de conceito turístico bastante forte hoje e que a Alemanha tem procurado explorar bem. “Hoje os turistas estão desacelerando, estão valorizando o slow travel. Eles querem mais tranquilidade, fazer as coisas devagar, sentindo cada lugar. Um dos grandes ícones desta mudança de expectativas é o crescimento do modelo de hospedagem no qual o turista quer alugar uma residência e viver como um habitante local, se integrando ao dia a dia daquele lugar. Esta tendência precisa ser levada em conta na hora de se trabalhar um destino e, sobretudo, quando queremos encantar o visitante. O destino inteiro precisa ser atrativo, de várias formas, para que possamos atrair e manter o turista”, pontuou Gügel.
E ele vai além: “para saber exatamente o que o turista quer precisamos pesquisá-lo, entendê-lo, saber exatamente para onde iremos voltar nossas atenções, nossos esforços e, sobretudo, os nossos recursos”.
Fonte: Asscom RN

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