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Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 6,53 bilhões no primeiro semestre deste ano, informou o Banco Central na quarta-feira (20). Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando somaram US$ 9,94 bilhões, a queda nos gastos foi de 34,3%. Segundo a instituição, este também foi o menor valor para primeiro semestre em sete anos, ou seja, desde 2009. Naquele ano, os gastos somaram US$ 4,45 bilhões.

A redução das despesas de brasileiros no exterior acontece em meio à crise econômica no país, ao aumento do desemprego e à queda da renda das famílias. Também contribuem para a redução dos gastos no exterior a alta da inflação e o elevado nível de endividamento das famílias.

Além disso, o dólar relativamente alto frente aos últimos anos encareceu passagens, estadia em hotéis e produtos comprados lá fora. A valorização do dólar também aumenta despesas com cartões de crédito e débito no exterior – que sofrem ainda a incidência do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38%.

No começo do ano passado, o dólar estava mais barato, cotado em cerca de R$ 2,70. Entretanto, em março já havia subido para R$ 3,20 e terminou o primeiro semestre de 2015 em cerca de R$ 3,10. No começo de 2016, a moeda norte-americana estava ao redor de R$ 4, passando para cerca de R$ 3,60 no fechamento de março e para R$ 3,20 no fim de junho de 2016.

Somente em junho, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 1,37 bilhão, contra US$ 1,64 bilhão no mesmo mês do ano passado. Segundo o Banco Central, foi o menor valor para meses de junho desde 2010 – quando somou US$ 1,29 bilhão. Deste modo, foi a menor despesa de brasileiros no exterior para junho em seis anos.

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