FINANÇAS PESSOAIS E ECONOMIA –

 

Meus investimentos no banco não rendem!

Esta frase está na cabeça de praticamente todos os investidores que não fizeram realocações de patrimônio e investimento nos últimos 12 meses.

Há mais de 10 meses que o Banco Central do Brasil, Instituição governamental que define a taxa SELIC, reduziu o juro à 6,5% ao ano, menor taxa de juro de toda a história brasileira. Sendo que a menos de 3 anos, tínhamos uma taxa de 14,75% ao ano, ou seja, 2 vezes superior à atual taxa.

 

E o que isso impacta em meus investimentos?

A meta Selic é uma referência dada pelo Banco Central para nortear os juros que são praticados no sistema financeiro brasileiro. Ela baliza, por exemplo, a taxa que seu banco vai cobrar para te emprestar dinheiro para comprar uma casa, um carro ou mesmo pagar outras dívidas e também o quanto os seus investimentos em Renda Fixa irão render. Por isso ela é chamada de “taxa básica da economia”.

Em linhas gerais, um investimento de renda fixa é aquele em que você empresta capital para o governo, bancos ou empresas e, em troca, numa data futura, recebe de volta o seu dinheiro acrescido de juros. Atualmente, ela baliza os investimentos em CDI, Poupança e Tesouro Selic, principalmente.

 

CDI

O Certificado de Depósito Interbancário (CDI) é o lastro dos empréstimos que os bancos fazem entre si. A taxa em que os bancos negociam estes certificados é a chamada “DI”. Essa taxa e a Selic são muito próximas, ou seja, caminham lado a lado. Portanto, se a taxa Selic sobe, a taxa DI – e os títulos de renda fixa que são atrelados a ela – também aumenta e vice-versa.

Dentre os títulos de renda fixa que possuem seus rendimentos atrelados ao DI, temos, por exemplo, os CDBs (certificados de depósitos interbancários) ou Fundos de Investimento DI, emitidos por bancos para captar recursos de terceiros (como as pessoas físicas). A rentabilidade dos CDBs e Fundos de Investimento DI podem ser dadas, por exemplo, em termos percentuais do CDI: um CDB que paga uma taxa de 105% do CDI. Logo, o aumento ou redução da Selic impactará diretamente em um rendimento maior ou menor para o título.

Acontece que os investimentos mais básicos que os bancos disponibilizam para menores investimentos (abaixo de R$500mil), rendem nos maiores bancos, aproximadamente 85% do CDI, ou seja, se a taxa atual do CDI é 6,5%a.a., 75% do CDI, será 4,88%a.a.. Contudo, se excluirmos a desvalorização do dinheiro com o tempo, ou seja, se descontarmos a inflação durante o período (considerando uma inflação de 4%a.a.), teremos um rendimento real de 0,8% ao ano!!!!! Praticamente nada.

 

Poupança

O rendimento da poupança também é afetado pela variação da taxa básica de juros. A partir de maio de 2012, entrou em vigor a nova regulamentação da poupança. Os depósitos feitos a partir dessa data passaram a render de acordo com dois cenários distintos:

Cenário 1 – Taxa Selic acima de 8,5% ao ano: nesse caso, o rendimento da poupança será de 0,5% ao mês + a TR (Taxa Referencial).

Cenário 2 – Taxa Selic menor ou igual a 8,5% ao ano: nessa situação, a poupança terá retorno equivalente a 70% da taxa Selic. Hoje a Taxa Selic é de 6,5% ao ano, ou seja, o rendimento da poupança será de 4,55% ao ano e se descontarmos uma inflação de 4% ao ano, teremos um rendimento real de 0,5% ao ano!!!

 

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um título público. Como os demais títulos emitidos pelo governo, o Tesouro Selic pode ser encontrado no Tesouro Direto (plataforma de negociação de títulos públicos do Tesouro Nacional ou através de corretoras). Como o próprio nome já diz, esse título tem uma relação íntima com a taxa básica de juros brasileira. Se a Selic subir, o rendimento do título aumenta, se a Selic cair, o rendimento do Tesouro Selic também diminui (mas permanece positivo).

Os investimentos do Tesouro Selic também possuem taxas, que ou são pagas à instituição financeira, ou à BM&FBOVESPA, ou à ambas, varia de acordo com a instituição financeira.

 

E quais alternativas possuímos para investir em renda fixa?

Fundos DI: Em corretoras de investimento, é possível encontrar fundos DI que chegam à render 113% do CDI, com a mesma liquidez dos fundos disponíveis nos Bancos. Eles rendem mais, por que a taxa de administração cobrada por estes fundos, é inferior à taxa de administração cobrada pelos Bancos.

Títulos Privados: Hoje já é possível investir em títulos de dívida de empresas privadas. Esses títulos variam sua rentabilidade de acordo com o risco da empresa, garantias e prazo de vencimento. E devem ser indicados por especialistas financeiros.

CDBs / LCIs / LCAs: Nas maiores corretoras de investimento, é possível realizar investimentos em títulos de bancos menores, que pagam uma rentabilidade maior (chegando à 125% do CDI), com garantia do fundo garantidor.

Estamos começando o ano de 2019, muitas mudanças estruturais virão ao longo do deste ano, então esteja preparado para aumentar os seus rendimentos. Abra sua conta no link abaixo e tenha opções mais rentáveis.

https://cadastro.xpi.com.br/passo/assessor/step1?assessor=A67329

 

Guilherme ViveirosEngenheiro Civil com MBA em Gestão Empresarial pela FGV, Sócio e Assessor Financeiro da WFlow Investimentos – [email protected]

 

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *