ALOCAÇÃO DE INVESTIMENTOS E ELABORAÇÃO DE CARTEIRAS –

Todo mundo sabe que investir no mercado financeiro pode envolver riscos significativos, e as vezes os recursos vivem uma montanha russa, sem resultados expressivos. O segredo para se dar bem, ao que tudo indica, é saber onde colocar o seu dinheiro – ou o dinheiro dos outros! Existem diversas estratégias de investimento que buscam garantir bons resultados para o investidor. Asset allocation, ou alocação por classes de ativos, é uma dessas estratégias.

O que é asset allocation?

A tática de asset allocation preconiza uma divisão do dinheiro a ser investido em diferentes tipos de investimento, como ações, títulos de renda fixa, moedas estrangeiras, fundos de investimentos, entre outros.

O objetivo é usar a diversificação dos investimentos para diminuir o risco que o investidor está disposto a correr e o retorno que ele espera conseguir. Mas não existe uma fórmula simples para se chegar à alocação de recursos ideal para cada perfil de investidor.

No mercado financeiro, a lucratividade de um investimento está quase sempre diretamente relacionada ao risco dos investimentos não darem certo. Ações, por exemplo, embora possam ser mais rentáveis, também são mais arriscadas. Já os investimentos de renda fixa, como títulos públicos, são mais seguros, porém devem ser alocados em momentos certos para maximizar o lucro.

Como funciona?

Além do perfil, são os objetivos do investidor, que vai determinar o desenho do portfólio de investimentos, também chamado de carteira, e que corresponde ao conjunto dos investimentos realizados. O asset mix é a representação de quanto cada tipo de investimento contribui para o valor total dessa carteira, normalmente na forma de porcentagens. E é aí que a estratégia de asset allocation entra.

Imagine um jovem que está interessado em investir 50 mil reais, não tem muito medo de perder dinheiro (alta tolerância a riscos) e pretende continuar com os mesmos investimentos a longo prazo. Usando a estratégia de asset allocation, é possível propor para esse investidor uma carteira com 90% dos recursos alocados em ações (45 mil reais) e 10% alocados em títulos de renda fixa (5 mil reais).

Com o passar do tempo, será necessário fazer alguns ajustes e redistribuir o dinheiro entre os investimentos para manter as mesmas proporções. Voltando ao exemplo acima, suponha que após um ano as ações tiveram um retorno de 15%, que significa um lucro de 6750 reais, enquanto os títulos retornaram 10%, representando um lucro de 500 reais. Com isso, o perfil dessa carteira mudou: agora, 51750 reais estão aplicados em ações, somando 91% da carteira, e 5500 reais em títulos, ou 9%. Para voltar ao mesmo asset mix, que corresponde ao perfil de carteira que o cliente busca, será necessário vender algumas ações e usar o dinheiro para comprar títulos, voltando a proporção 90/10.

Para cada necessidade e perfil há uma proposta adequada. Este modelo é um ponto de partida, permitindo ao investidor utilizar produtos variados, incluindo desde CDBs, LCAs e  Debêntures [títulos de renda fixa] até fundos de participação e investimento no exterior, nos casos mais sofisticados.

Por que usar?

A ideia por trás dessa estratégia é que a diversificação do portfólio reduz o risco e melhora o retorno geral para o investidor. Essa teoria parte do princípio de que, em um período determinado, alguns tipos de investimento serão vencedores e outros não nem tanto, e isso vai se alternando ao longo do tempo, se aproveitando dos ciclos do mercado.

Ter em uma mesma carteira, estilos de investimento diferentes, que não se relacionam entre si – em outras palavras, que performam de maneira independente – é um jeito de se proteger dessas variações.

A chance de todos os tipos de investimento darem errado ao mesmo tempo é bem pequena. Se uma das classes de investimento do seu portfolio vai mal, o prejuízo é compensado pelo rendimento dos outros investimentos mais seguros. Dessa maneira, o resultado geral da carteira não sai tão prejudicado.

No jargão do mercado financeiro, é comum dizer que a boa alocação de recursos diminui a volatilidade do portfólio. Volatilidade nada mais é do que a imprevisibilidade dos resultados, ou de quanto esses resultados podem variar. Deixar o portfólio menos volátil, portanto, é ter mais certeza sobre o que se pode esperar, em termos de retorno financeiro, da sua carteira de investimentos.

Quem usa?

Normalmente, quem decide em que tipo de investimentos determinado fundo ou banco vai colocar dinheiro é o gerente de portfólio financeiro. Existem alguns tipos de fundo de investimento que adotam estratégias de asset allocation e disponibilizam para o investidor estruturas de portfólio baseadas na sua idade, apetite para riscos e pretensão de retorno.

Alguns desses fundos mantêm as mesmas proporções para cada classe de investimento ao longo do tempo, apostando na constância, enquanto outros fazem algumas modificações nessa composição em resposta a mudanças nos mercados e na economia.

Os assessores financeiros também podem se utilizar de fundos de investimentos com estratégias diferentes e correlações distintas de maneira que os retornos sejam mais consistentes.

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Guilherme ViveirosEngenheiro Civil com MBA em Gestão Empresarial pela FGV, [email protected]

 

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