FADIGA DE MENSAGENS –

Em conversa com alguns amigos “reais” fui levado a refletir sobre as consequências a que estamos submetidos pela massificação de mensagens recebidas pelas redes sociais. E de modo em especial, pelo WhatsApp, por ser certamente a mais utilizada atualmente.

“Estou cansado”, foi o mote da informalidade do papo, que se iniciou pela premissa da repetitividade, principalmente para quem está incluído em múltiplos grupos de uma mesma rede.

Não resta dúvida que está se tornando um emaranhado de conteúdos cansativos, alguns até entediantes e de modo irrefletidamente, impessoal.

Isso tem levado muitos ao “desespero” de repassar mensagens sem ao menos ele mesmo lê-las na sua integridade, cometendo gafes digitais e “educacionais” tipo: grupo errado!

O aumento de grupos vai acontecendo à medida que algum membro fica insatisfeito com a quebra de regras instituídas inicialmente, e propõe, mesmo sem o consentimento dos demais, em abrir um novo grupo, agora sim com constância de propósitos, até uma nova insurreição.

Aquelas “correntes” – ‘envie para 20 se não morre daqui a dez minutos’, tá tão sem moral que pela “força” que tenho em repassar outras tantas, sem ameaças, a cada dia escasseia.

Outro aspecto é que boa parte das mensagens tá se tornando chatas pela popularidade que a mesma alcança – todo mundo está falando. Já não somos o divulgador em primeira mão. Aliás, quando algo desperta nossos interesse e graciosamente nos apressamos em compartilhar, quase sempre lá no destino se diz: “de novo”.

E agora, como ferramenta manipuladora, tem levado aos incautos e frágeis emocionalmente, patologias de ansiedade a pânico, por em tudo acreditar. É como se ali tivesse a “verdade” suprema. Isso tem levado, muitos, a um estado de nervosismo acentuado, que não raros estão desembocando nos consultórios terapêuticos e até psiquiátricos.

Já não são profecias – estão acontecendo agora, naquela rua, naquela casa, aqui bem pertinho, e então o pavor se instala: “Você viu? Você soube? Tô com tanto medo!”.

Como resolver?

Não tenho essa pretensão, pois se assim o fosse, estaria na “clínica”, aguardando você, talvez com os olhos “esbugalhados” e a respiração curta: “Doutor, me salve dessa ‘besta fera’”.

Sugiro então, leigamente, que diminua drasticamente a compulsão de “repassar por repassar”, até que suspenda efetivamente a ação impulsionadora. Passe a ser seletivo. Passe a ser crítico. Passe a ser o dono e não o submisso da vontade dos outros.

Certamente, esse exercício de filtrar, vai tornar você mais aliviado intencionalmente e cônscio de que sua fadiga de mensagens já não o atormenta.

Agora, tem uma coisa: seja persistente. Não faltará alguém para levá-lo novamente para o laço dos incautos otimistas: “homi, deixe de ser mole”.

Não caia nessa. Tenha o controle sobre as postagens e a percepção em torno delas.

É como diz o “debatedor filosófico”, meu amigo Ribamar da Costa (Seu Riba): PENSE NISSO.

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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