FACILIDADES NÃO ENSINAM –

Já ouvi muito: “É mão na roda!”.

Como sempre essa afirmação está se reportando a algo “facinho, facinho”. Tipo, “está pronto”; “não precisa pensar”; “homi, faça o que tô dizendo” ou ainda “é assim mesmo, só não me pergunte por quê?”.

Falta o desafio. E como tal, por tais facilidades, deixamos de aprender.

Sabemos que diante das dificuldades é que a nossa capacidade criativa dá o tom da superação.

A facilidade, aparentemente tão adepta ao nosso modo atual de gerir as coisas da vida, desde as mais simples às “dificultosas”, em nada nos faz crescer. Nada se aprende.

Diante de qualquer sinal de que algo não está bem, de acordo, com a facilidade que dela espero, me desanima e me faz sucumbir frente a tal desilusão.

Nesse momento aflora um sentimento de “incompetência”, que então não conhecia, pois era tão simples: “bastava apertar esse ou aquele botão”.

O organismo não aceita essa condição de “fracasso” e reage aflorando irritações e reclamações. É como se o caos estivesse se instalado, a ponto de anular as minhas atitudes de reação para superar tal incômodo.

E aí amigo você se desestrutura emocionalmente e passa a ficar bravo com qualquer coisa que não saia do seu jeito.

Sacudo no fundo da gaveta como que esquecendo que lá na frente num quase passe de mágica, eis que aparece diante de seus olhos, o mesmo, mesminho obstáculo que preferi ignorar.

Pronto! É o fim do mundo (mais um).

Suor frio: tarja preta.

O que fazer?

Primeira ação: Força. Força você tem, pois Deus lhe deu.

Lembra-se da Parábola dos Talentos?

Apenas aquele que enterrou os talentos para não ter problemas, “irritou” Jesus, pela falta de coragem (mesmo fraquinha), em fazer de seus dons, instrumento motivador para transformá-los em ações positivas.

Segunda ação: Fé.  Fé é diferente de acreditar. Enquanto a primeira está pautada no “acontecer” pela confiança na palavra de Deus, a segunda se apoia em algo que você já viu acontecer. E, não resta dúvida que a primeira é muito mais desafiadora.

Claro que você é uma pessoa talentosa, criada com o ingrediente do amor e da liberdade do aprendizado das coisas que desfilam no palco da vida.

Terceira ação: Transformação. Transformar a sua ação. Mudar a atitude do medo, do fracasso, do “nada vai dar certo”, para uma de altivez. Mudar por dentro. Ter como lema: “Eu posso tudo naquele que me fortalece”.

Mas, cuidado, o inimigo está ali, na espreita, só esperando que você coloque a mão no puxador da “gaveta”, para sussurrar no seu “ouvido”: “abre e sacode lá, ninguém vai saber”.  Coitado, “ele” pode até tentar, mas você já sabe como agir.

Ainda não sabe?

Puxa!

Ação única: Segurar na mão de Deus. Como um filho que agarra a mão de sua mãe em qualquer momento que se sente frágil.

E então com a profundidade de sua fé, diga: “Senhor Deus, dai-me força para seguir; reveste meu coração de armaduras do amor para combater o bom combate e concede-me a graça de dobrar os meus joelhos, para me sentir de pé e superar todos os obstáculos”.

Facilidades não ensinam.

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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