Projetada na década de 1970 como distrito turístico, a Via Costeira se transformou ao longo do tempo no principal corredor hoteleiro de Natal. A infraestrutura de hospedagem é apontada como principal imã da Copa do Mundo de 2014 para a capital potiguar, e de fato, os números comprovam esse potencial. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a rede hoteleira natalense só fica atrás do Rio de Janeiro em relação à capacidade média para alojar hóspedes. Atualmente envolta pela discussão sobre a possibilidade de receber, ou não, novas construções, a Via Costeira se vê diante de um novo momento do ponto de vista dos próprios empresários que a ocupam. É preciso que a área seja rediscutida, defendem.

Saindo do mérito do embate que se trava hoje sobre novas construções na região, há consenso em dizer que a Via Costeira nunca recebeu a atenção merecida do poder público. Enquanto os dez hotéis que hoje ocupam o espaço eram construídos, acessos eequipamentos turísticos para a população nunca saíram do papel. Como alguém que acompanha o projeto da Via Costeira desde o início, o diretor do Hotel Vila do Mar, Mario Barreto, acredita que o assunto tem que ser incluso na discussão. “Só foram contemplados hotéis. Chegou a hora do governo reavaliar isso”, afirma. Para Barreto, é preciso que o poder público chame os envolvidos no processo para sentar “em uma mesa”, e tratar da questão de forma aprofundada.

O empresário Arnaldo Gaspar Júnior, sócio diretor do Ocean Palace, concorda com a reavaliação da Via Costeira, mas não proibindo construções. “As condicionantes do projeto inicial existem ou não? Os lotes designados para hotéis ainda devem ser? Aqueles que estão especulando há 30 anos têm direito de construir ainda? Esse proprietário está na mesma situação do que aquele que possui projeto e já iniciou?”, questiona o empresário. Para ele, as formas de ocupar são passíveis de debate.

Fonte: Diário de Natal

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