O cinema nunca deixará de ser uma grande diversão. O instrumento ideal para contar histórias verdadeiras ou inventadas, bem como adaptar literatura romanceada com o intuito de distrair, instruir ou, simplesmente, fazer as pessoas felizes.

Ele veio para ficar, pois já são passados 118 anos desde a primeira exibição de um filme na telona, projetado pelos irmãos Louis e August Lumière para expectadores da cidade de La Ciotat, sul da França, em 21 de março de 1899.

 E falar de cinema é lembrar filmes românticos que marcaram várias gerações de indivíduos apaixonados ou de casais enamorados, que escondiam as emoções no escuro aconchegante das salas de projeção.

Então, por que menosprezarmos um divertimento capaz de proporcionar momentos memoráveis de deslumbramento, mediante uma mistura de movimentos, diálogos, músicas e cores, que marcam as vidas de tantas pessoas?

Daí a razão para não esquecermos o drama-romance épico …E o Vento Levou (1939), nem a fala final de Rett Buttler (Clark Gable) para uma Scarlett O’Hara (Vivien Leigh) apaixonada: Francamente, minha querida, eu não dou a mínima!

Motivo idêntico para não fugir da memória Casablanca (1942) nem o diálogo da despedida de Nick (Humphrey Bogart e Ilsa (Ingrid Bergman): Ilsa: E quanto a nós? Nick: Nós sempre teremos Paris. Isso sob acordes da música As Time Goes By.

Quanto bem nos faz relembrar o casal William Holden e Jennifer Jones em Suplício de uma Saudade (Love is a Many-Splendored Thing – 1955), bem como o enlevo desfrutado por Tyrone Power e Kim Novak em Melodia Imortal (The Eddy Duchin Story – 1956) ou, ainda, o drama de Ryan O’Neal e Ali MacGraw em Love Story – 1970.

Impagáveis sucessos de bilheteria foram, também, Em Algum Lugar do Passado (Somewhere in Time – 1980), com Christopher Reeve e Jane Seymour; Ghost: Do Outro Lado da Vida – 1990), com Demi Moore e Patrick Swayze; e, Uma Linda Mulher (Pretty Woman – 1990), com Julia Roberts, deslumbrante, seduzindo Richard Gere.

Ainda dentre os festejados filmes românticos gostei de Diário de Uma Paixão (The Notebook – 2004), com Ryan Gosling e Rachel MacAdams; e, do não tão recente Amor Além da Vida (What Dreams May Come – 1988), de onde pincei esta fala, exemplo típico do que produz a fábrica de emoções chamada cinema: Você é tão maravilhosa que faz um homem preferir o inferno ao invés do céu só para ficar com você.

Uma das mais apaixonantes histórias de amor levada às telas, foi a tragédia romântica Romeu e Julieta. Filmaram inúmeras versões do clássico de William Shakespeare, porém a escolhida do público é a do diretor Franco Zeffirelle (1968), e a fala mais lembrada é o monólogo de Julieta ante o inerte Romeu:

O que é isto? Um frasco tão apertado na mão do meu fiel amor? Agora vejo que foi o veneno que tão cedo o levou. Oh! Egoísta! Para que bebeste tu todo, e não deixaste uma gota amiga que me ajudasse a ir ter contigo?… (beija-o) Os teus lábios ainda estão quentes!… Oh, punhal abençoado! Eis a tua bainha!… (apunhala-se) Cria ferrugem em meu peito e deixa-me morrer! (cai sobre o cadáver de Romeu e expira).

E para encerrar esta excursão romântica pela sétima arte, nada melhor do que a película que fez “gatinhas” chorarem a cântaros, ao lado de marmanjos durões fungando para esconder lágrimas sorrateiras. Trata-se de Deus, como te amo (Dio, come ti amo – 1966), isso 51 anos atrás.

 Afinal, sempre existirão pessoas que adoram sonhar!

José Narcelio Marques Sousa – Engenheiro civil e escritor – [email protected]

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