ABuntitled

José Maria Barreto Figueiredo

Hoje fui conversar com Dadá. Fazia alguns meses que não lhe dizia as coisas que aconteciam por aqui.

Falei sobre nossos filhos e como eles tinham assimilado a educação que nós lhes demos; falei sobre nossos netos, principalmente sobre Maria Cândida que herdou muito do seu jeito e atitudes. Ela continua acreditando que você está encantada nas estrela que à noite ela vislumbra no céu.

Oswaldinho tem muito do bisavô e também do avô e é muito apegado ao pai.

Este diálogo, que para os que não acreditam na e4spiritualidade, é apenas um monólogo de um maluco falando sozinho à beira de um túmulo, me comovia profundamente.

De repente, olhei o relógio e notei que mais de uma hora tinha passado. Mesmo assim contemplei, naquele cair de tarde, centenas de placas de mármore frias que registravam que ali, no Morada da  Paz, jaziam muitos daqueles que trilharam esta vida fugaz e transitória: brancos, negros, ricos, pobres e vejo que todos, indistintamente, moram numa casa popular de dois metros quadrados, não importa que tenham deixado casas suntuosas de trezentos ou quatrocentos metros, carros importados e outros bens.  Nada disso importa porque todos nós, todos mesmo, somos iguais perante Aquele que nos criou e que, sobre nós, sentenciou de forma infalível: “memento homo quia pulvis est et in pulverem reverterislembra-te homem que és pó e ao pó retornarás.

Por isso, enquanto estivermos neste lado da estrada, procuremos semear a boa semente que germine e dê bons frutos.

É por isso, Dadá, que eu guardo de você a memória imperecível que só os justos merecem.

Por você guardo o carinho de sempre, que só meu coração é capaz de registrar.

Até a próxima conversa.

José Maria Barreto FigueiredoPresidente da Facex

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *