Os deputados Carlos Zarattini (PT-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Ivan Valente (PSOL-SP) protocolaram nessa quarta-feira (22) requerimento para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os fatos relacionados à Operação Carne Fraca, da Polícia Federal.

Segundo a PF, fiscais do Ministério da Agricultura recebiam propina para liberar licenças sem realizar a fiscalização adequada em frigoríficos.

O pedido de CPI terá que ser analisado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que decidirá se instala a comissão ou se arquiva o requerimento.

Pelo regimento interno da Câmara, os pedidos têm que ser despachados por ordem cronológica. O requerimento da CPI da Carne é o oitavo na fila.

As regras estabelecem que somente cinco CPIs podem funcionar simultaneamente na Câmara. Atualmente, há duas comissões em andamento, a CPI da Lei Rouanet e a CPI da Funai.

O pedido para criar a CPI da Carne Fraca recebeu o apoio de 208 deputados, incluindo integrantes da base aliada.

O líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), já havia criticado a articulação da oposição. Para ele, a criação da CPI poderá desgastar o Congresso e atrapalhar o andamento das reformas trabalhista e da Previdência. “Isso pode trazer uma paralisia para o parlamento”, disse.

No requerimento apresentado nesta quarta, os deputados que pedem a criação da CPI da Carne Fraca afirmam que as investigações da PF apontaram o envolvimento de frigoríficos de diversos tamanhos e lista os crimes identificados na operação, como reaproveitamento de produtos vencidos, entre outros problemas.

Os parlamentares ressaltam, ainda, que a Polícia Federal identificou que as empresas investigadas teriam destinado dinheiro para campanhas políticas de partidos como o PMDB e o PP, o que as legendas negam.

Os parlamentares pedem a apuração dos crimes descritos e também a investigação sobre o envolvimento de agentes públicos, incluindo eventualmente políticos.

Fonte: G1

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