Quase quatro meses após seu último pronunciamento no Senado, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), subiu na tarde desta segunda-feira (2) à tribuna para fazer um apelo aos colegas pela manutenção do seu mandato e para pedir perdão aos colegas que o defenderam no último dia 6 de março, dia do último discursono plenário.”Aproveito para me desculpar com os senhores e senhoras senadores que tinham em mim uma imagem que se dissipou nestes 125 dias. Não tive a oportunidade de falar e quando tive, tive vergonha”, disse o senador.

“Peço perdão pelos constrangimentos que causei, sobretudo aos que tiveram a gentileza de me apartar no discurso de 6 de março. Quem está aqui hoje é o mesmo homem daquele dia. Envergonhado, abatido, deprimido cansado e esgotado, mas que sente a injustiça lhe corroer o peito. E é com o peito aberto que venho aqui pedir que a injustiça se torne reparável. É de peito aberto que volto aqui para pedir perdão pelos erros e impedir que a injustiça se torne algo irreparável “, completou.

As desculpas foram direcionadas apenas a senadores, não a eleitores ou ao DEM, partido que deixou em meio a um processo de expulsão.

Demóstenes em sessão desta segunda (2) do Senado; sob risco de perder o mandato, ele disse que falará todos os dias até a votação do processo em plenário, no dia 11 de julho (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Demóstenes em sessão desta segunda (2) do Senado;
 
O senador é acusado de ter utilizado o mandato parlamentar para beneficiar os negócios do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal em fevereiro acusado de comandar uma rede de jogos ilegais em Goiás.
 
Fonte: G1

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