AB NELSON FREIRE 24 Nelson Freire

 A nossa economia está passando por maus momentos. E toda essa desarrumação vem impondo a implantação de graves ajustes, como esse severo contingenciamento de recursos recentemente imposto pelo Governo. Além de algumas outras medidas acessórias, igualmente agressivas. Isso tudo tem preocupado vários setores econômicos do país, principalmente aqueles que se utilizam em grande escala das instituições financeiras oficiais. Como é o caso do setor da construção civil e da atividade imobiliária.

 A Caixa Econômica Federal, por exemplo, é uma das instituições financeiras responsáveis pela política de suporte a vários desses importantes setores produtivos. A construção civil, é um deles que está vivendo dias de muita inquietação, duvidas e sobressaltos. As mudanças ocorridas e as questões decorrentes delas são muitas e inquietam todo o mercado, preocupando tanto os empresários como os próprios usuários do sistema.

A recente modificação na regra do financiamento imobiliário, anunciada pela CEF limitou a compra de imóveis pelo sistema financeiro imobiliário de 70% para 40%. Além disso, a instituição  aumentou as taxas de financiamentos, dificultando ainda mais a situação. Por isso, muitos empresários do ramo se perguntam se apenas uma das medidas não seria o suficiente.

 Foi visível o forte impacto dessas modificações em todo setor imobiliário. E é compreensível que esse seja um momento de apreensão para os que dele participam. Principalmente incorporadores, corretoras e empresas construtoras. Muitas que estão inclusive sem receber o dinheiro que lhes é devido. Notadamente as de pequeno porte. Que, não bastasse as reduções que estão em curso, reclamam também das frequentes e constantes mudanças nas próprias regras do programa Minha Casa Minha Vida.

Por outro lado, começa a se esboçar uma reação entre os que atuam nesse nicho. Alguns já entenderam que esse tempo de crise é também um tempo de oportunidades. E começam a pensar que ela pode ser uma ótima ocasião para se chegar perto do comprador dos imóveis. Mostrando a esse consumidor que a crise pode se transformar numa excelente oportunidade para ele adquirir bens a preços bem menores do que ele encontraria num mercado aquecido. Por isso que essa ideia já começa a ser veiculada em alguns meios de comunicação.

 Ajudando a recuperação do estado de ânimo positivo, recebemos esta semana um recado muito promissor sobre a situação no Rio Grande do Norte. Uma afirmação  positiva e bastante tranquilizadora. E ela partiu do próprio Ministro Kassab, que disse ao Governador Robinson Faria que as obras no estado não sofrerão com os cortes do orçamento. E que as parcelas de repasse atrasadas serão regularizadas num curto prazo.  Um alento para todos os envolvidos nessa área.

 Agora resta apenas esperar para ver.  Torcendo para que não soframos tanto com a crise estabelecida e que o freio de arrumação da economia como um todo surta efeito no médio prazo. E que as sequelas possam ser menores do que se apregoa.

 Nelson FreireEconomista, Jornalista e Bacharel em Direito

 

 

 

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