Amanhã, 30 de Setembro de 2017, ao pôr do sol, se iniciará em Israel o Yom Kipur, ou seja, o Dia do Perdão, que é considerado o dia mais sagrado para o Povo de Israel. Neste dia, segundo a tradição, Deus perdoa os pecados de seu povo, preparando-o para um novo ano. Além da comemoração de Yom Kipur, estarão completando quarenta anos da mais difícil guerra que o povo de Israel passou na era moderna, a famosa Guerra do Yom Kipur. Nela, Egito e Síria, de uma só vez, no momento do jejum israelense, atacaram o Estado judeu de surpresa. Isso ficou na história como a reação mais espetacular de guerra, em que Israel repeliu os inimigos invasores e se apoderou até hoje de territórios estratégicos para evitar nova invasão. Nesse dia nada se come ou é bebido, inclusive água. Não é permitido lavar a boca, escovar os dentes ou banhar o corpo, somente o rosto e as mãos podem ser lavadas pela manhã antes das orações. Não se pode carregar nada, acender fogo, fumar, nem usar eletricidade. O jejum não é permitido para crianças menores de nove anos ou a pessoas que tenham problemas de saúde, também às grávidas ou àquelas que deram a luz há menos de trinta dias. Há também a ressalva para aquelas que estejam jejuando e venham a passar o mal, tendo o jejum de ser suspenso. Não se trabalha por hipótese alguma e também as relações conjugais são proibidas, bem como o uso de perfumes e indumentárias feitas com couro, para se lembrar que nenhum animal foi morto. A esperança dos judeus nesse dia é de ser perdoado por Deus e ter mais um ano de vida garantido no livro das assinaturas.

 

(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

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