Os arqueólogos podem ter reencontrado a cidade natal de André, Pedro e Filipe, apóstolos de Jesus Cristo. Os pesquisadores já estavam de olho nas ruínas da cidade El Araj, na costa norte do Mar da Galileia, como sendo a Betsaida descrita no Novo Testamento. No começo das escavações na Reserva Natural do Vale de Betsaida, os pesquisadores encontram uma cidade perdida que poderia ser a cidade dos apóstolos em questão, mas esbarraram em um problema cronológico, as ruínas descobertas eram de um período bizantino, pelo menos trezentos anos depois do que Jesus e seus discípulos andaram por ali. Com o avançar das pesquisas e escavações, os arqueólogos descobriram, enterrados abaixo do piso bizantino, uma parede e uma parte de um piso decorado com mosaico, a formação arquitetônica demonstra ter sido um banho romano, o que descarta a ser apenas uma aldeia, uma vez que esse tipo de construção não existia em pequenas aldeias. Então foram chamados os geólogos israelenses para analisar o preenchimento sobre a parede, de cerca de 2 metros de altura, e chegaram a conclusão de que em algum momento do terceiro século houve uma grande inundação, bem como uma avalanche que cobriu o local. Além disso, foi possível descobrir outro aspecto muito importante que desmentiu uma tese de que o Mar da Galileia vem diminuindo, já que a cidade antiga estava abaixo do nível do mar em 219 metros, enquanto hoje em dia está a 212 metros, significando um aumento considerável. Nas escavações também foram encontradas moedas do período de Jesus e certamente com a continuação dos trabalhos os arqueólogos estão otimistas em descobrir mais coisas que em breve serão divulgadas. Gostaria de finalizar afirmando, ao contrário de um site muito divulgado no Brasil, que não foi encontrado o local onde Jesus fez o milagre da multiplicação dos peixes e dos pães, mas sim o possível local em que três de seus apóstolos nasceram. Para todos os efeitos, o local onde é a Igreja de Tabgha, continua sendo o local da multiplicação.

 

(Mário Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

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