Novamente, um carro-bomba explodiu em Bagdá (Iraque), sendo o terceiro atentando em três dias na capital iraquiana. A explosão ocasionou cerca de 50 mortes e mais 50 feridos. Este novo ataque ocorreu no bairro de Bayaa, no sul de Bagdá, mesmo local onde dois dias antes quatro pessoas morreram e várias outras ficaram seriamente feridas em um ataque, no entanto, o ataque mais violento da semana foi este último. Desde outubro passado o Estado Islâmico (EI) vem ressurgindo com ataques violentos ao país. O grupo extremista reivindicou o ataque, afirmando ter visado “uma reunião de xiitas”. A organização extremista sunita considera herege a comunidade xiita, majoritária no Iraque. Apoiadas pela coalizão antijihadista internacional liderada pelos Estados Unidos, as forças iraquianas recuperaram o controle no último mês da parte oriental de Mossul, encontrando forte resistência por parte dos combatentes do EI. O sofrimento do povo iraquiano não é só com os ataques do Estado Islâmico, pois o país está mergulho em uma crise econômica e política e enfrenta desde 2015 um movimento de contestação animado, pprincipalmente por simpatizantes do clérigo xiita Moqtada Sadr, que exige melhorias dos serviços públicos, reformas políticas e acusa os políticos de corrupção e nepotismo.

(Mario Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv)

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