MARIO ROBERTO MELO

1 – A mentalidade nos vilarejos árabes é algo impressionante e inacreditável nos dias de hoje. Para se ter uma ideia, uma menina de apenas seis anos de idade foi forçada a se casar com um um homem de 55 anos depois de ter sido, supostamente trocada pelo pai, por uma cabra no Afeganistão. Um parente do homem que comprou a criança denunciou o casamento, bem como os vizinhos da criança. As autoridades começaram a investigar o caso e constataram que o pai vendeu a filha e recebeu como pagamento: arroz, açúcar, chá e óleo de cozinha. De acordo com o pai, a famíalia estava desesperada por comida, e com a venda da filha teria uma boca a menos para alimentar. Ainda segundo ele, o comprador da criança afirmou que não manteria relações sexuais com a criança até ela completar dezoito anos.

O parente que denunciou o casamento disse que o comprador tentou fugir e disse que a menina era sua filha, mas a relação estranha chamou atenção da família até que um dia ele admitiu à famlia que a criança era sua esposa. Agora o casamento deve ser anulado pelas autoridades e o pai (que vendeu) perderá a custodia da filha, que passará a viver com a mãe.

Essa história embora muito trágica não me surpreende. Eu me recordo que em 1995, quando eu estava no deserto do Sinai, no Egito, em um hotel do Mar Vermelho, eu constatei que um árabe beduíno daquela localidade, perguntou a um amigo meu por quantos camelos ele queria trocar a esposa dele. Eu com minha mentalidade brasileira receberia isso como uma ofensa pessoal e certamente não agiria da forma tranquila, tal qual meu amigo se portou. A ONU sabe desse problema e vem se empenhando para diminuir, ou melhor dizendo, com esse tipo de ação primitiva e cruel contra as garotas do Oriente Médio.

2 – O Irã acaba de ativar um sistema de mísseis antiaéreos que foi na divulgada na rádio local daqui há cerca de um ano, a compra dos famosos S300 com objetivo de defender a usina nuclear onde, até janeiro, enriquecia urânio para seu programa atômico, reportou a TV estatal iraniana. Essa decisão foi, certamente, em decorrência do que aconteceu no Iraque, 1984, quando pilotos israelense destruiram a usina nuclear de Sadan Hussein. A TV estatal mostrou imagens dos S300 instalados em cima de uma montanha numa cidade do Qom.

Na matéria, o repórter informou que é primordial em todas as circunstâncias proteger as instalações nucleares do Irã. E ainda completou afirmando que o céu iraniano é um dos mais seguros da região, declarou a IRIB o chefe de defesa antiárea iraniana, general Farzad Esmaili.

O míssel S300 foi criado em 1970 pela Rússia e aprimorado em 2012. A arma está em serviço em muitos países, como Eslovaquia, Bulgária, Croácia, Grécia, Turquia, China, Vietnã, Venezuela e Argélia. Vale salientar que esses mísseis nunca foram utilizados em combates reais, mas os resultados em exercícios de tiro mostram que o sistema é muito eficaz e supera o seu concorrente norte-americano, o patriata.

 Mario Roberto Melo – Correspondente do Blog Ponto de Vista, em Tel Aviv

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