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COM RESPEITO PAIS E FILHOS CONVIVEM NUMA BOA –

O dia começou cedo e a caminhada elegeu Janis Joplin para fundo musical. Os personagens naturais e humanos foram surgindo e acordando os pensamentos e reflexões que vão tomando  espaço na mente inquieta e acesa neste domingo de sol e céu azulado.

Não precisei caminhar muito  para lembrar com carinho e saudosa memória o dia de ontem. Pela manhã ao conceder agradável entrevista para três jovens universitários de jornalismo, era abençoadamente pontuado por minha filhinha Mel com desenhos próprios e com explícitas e generosas  declarações de amor.

De tarde o tradicional e sem igual passeio em família no Shopping com mãos dadas, presentinhos básicos  e o lanche no Café, tudo emoldurado com papos gostosos, tapiocas, expressos e muito amor envolvido. Lembrando isso voltei ao passado e recordei muitos momentos com papai, companhia frequente, amigo do peito e confidente leal.

Também me veio a mente as diferenças pontuais de opinião.  Ele ex-militar e de direita e eu um jovem cheio  de esquerdistas revoluções por minuto, tatuagens, brincos e algumas coisitas mais. Apesar dessas divergências papai nunca quis impor seu modo de ver as coisas. Nunca gritou, estressou ou me puniu por nada. De sua postura nasceu o respeito e foi cultivada uma convivência saudável, amigável e inesquecível.

Certamente isso me influenciou. Tenho poucas diferenças com Gabriel, filho adolescente, mas o respeito desde já está sempre presente. Assim como também soube ouvir e respeitar as posições do meu pai, e muitos anos depois até concordar com elas, tenho do meu filho o maior respeito e juntos seguimos papeando e trocando ideias sobre as coisas da vida.

Maybe, maybe, maybe! canta Janis. Pois é, talvez quem sabe, possamos perpetuar por toda a vida esse respeito, imantando assim as nossas existências a carinhosa e amada convivência prazerosa entre pais e filhos.

Flávio RezendeJornalista e ativista social

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