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A animação da Dreamworks, “Como Treinar o Seu Dragão 2″, estreou nas telonas natalenses em 19 de junho, no clima de Copa do Mundo, acabei conferindo o segundo filme de uma das animações que mais gosteis nos últimos tempos, tardiamente. A continuação do filme de 2010, inspirada na série de livros de Cressida Cowell, se passa cinco ano após a história original. O personagem Soluço, agora com 20 anos, vivencia um clima de paz em Berk. Com a ajuda do dragão Banguela, ele passa a explorar terras cada vez mais distantes de sua aldeia.

A disposição para a ação é o que marca esta continuação, que se beneficia dos avanços na computação gráfica para criar cenas de perseguição e combate maiores e mais intensas que as do primeiro filme. No entanto, é no lado emotivo que Como Treinar o Seu Dragão 2 perde em relação ao primeiro filme. O arco bastante pessoal de Soluço dá lugar a uma trama mais convencional de maniqueísmo e de chantagens emocionais – como o elemento do “encantamento” que um dragão exerce sobre os outros, central no filme, que é antes de mais nada uma ferramenta bastante óbvia de manipulação narrativa.

A vantagem é que, ao mesmo tempo em que amplia a mitologia da série, o novo filme não teme fazer sacrifícios em nome do avanço de Soluço enquanto protagonista. Dá vontade de assistir ao já anunciado Como Treinar o Seu Dragão 3 porque o crescimento do personagem continua e algumas dinâmicas evidentemente mudarão no futuro – o que é o mínimo que se espera de uma boa história.

EU_

Leila de Melo  – jornalista, crítica de cinema e diretora do blog Ponto de Vista –[email protected]

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