CELEBRAÇÃO –

 

Celebrar é impulsionar a vida.

Toda celebração requer alegria, pois, certamente, trata-se de uma conquista, um objetivo alcançado, uma vitória.

Um brinde representa o ponto máximo de comunhão entre aqueles que ali estão repartindo o sucesso, tanto dos pequenos quanto dos grandes êxitos.

Nesse momento o tilintar das taças se fundem num sonoro “viva”, “valeu”, “uhau” e, como todo brinde que se preza, um gole uniformizando e consagrando o resultado.

Um gole de quê?

Ah! Sem dúvida, de um vinho tinto – o néctar dos deuses.

Já nas Bodas de Caná (João 2:1-11) o vinho era o elo entre os convidados de um casamento, no qual Maria (mãe de Jesus) interveio com solicitude e diligência, para que não faltasse a fonte de inspiração naquele encontro de alegria.

Espera aí, quer dizer se não estiver comemorando nadica de nada, não se degusta um vinho?

Degusta-se sim!

Essa adega que está adornando sua sala, com certeza está ansiosa para ser renovada com novos rótulos, nacionalidades, castas e safras de uvas que enfrentaram também esforços para, ao chegar a sua taça, exalassem os mais nobres aromas e, ao sabor de cada amigo, recebessem os mais alusivos comentários: “uma delícia”, “muito bom”, e tantas outras qualificações.

Mas, celebrar tem na sua essência algo místico: precisa de companhia, da presença do outro, pois tanto o vinho quanto o sucesso é realçado pelo compartilhamento. Sua alegria é a minha também. Seu êxito é o meu também. Sobre ambos, um relato, uma história, uma paixão.

Um sorriso é bom, mas, fundamental é que “acenda” a luz do parceiro ou da parceira, num sorriso comum.

Você, caro condômino, aproveite esse novo clima que experimentamos na cidade, e ajuste a temperatura de sua adega para 16 graus, abasteça com os vinhos que estão guardados, esperando uma grande ocasião, reúna os amigos, aceite a colaboração de queijos, pães e geleias, e celebrem a vida.

A grande ocasião esperada é o dia que está vivendo. É o agora. Seus amigos são os que estão com você agora. A imortalidade não é dom dos homens. Todos nós estamos na estação do trem da vida. Os vagões passam, outras vezes param para descidas, mas certamente um dia param para que embarquemos. E aí pode ser que as rolhas das garrafas de vinhos que ficaram na prateleira, esperando a “sorte”, não mais explodam em “plocs” que libertam os aromas e sabores das amizades.

Que tal colocar no quadro de avisos, no elevador, ou ligar para os vizinhos do seu bloco, sua torre o seguinte convite:

“NESTA SEXTA, 21h, TRAGA SEU VINHO PARA O SALÃO DE FESTAS. LÁ COMPARTILHAREMOS MOMENTOS DE ALEGRIA”.

Tá receoso, que ninguém apareça?

Coloque uma toalha branca na mesa, tire o papel filme do prato com queijos e pães, abra a garrafa de vinho, coloque na taça de vidro transparente, aguarde o aroma vagar pelo ambiente e chegar a cada apartamento.

Logo, você terá companhia para celebrar a vida.

Lembre-se: renove sempre o convite, inove, faça “campanha”, utilize a rede de amizades.

Não desista!

 

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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