DESNEGO! – Marcelo Alves Dias

DESNEGO! –  Pouquíssima gente conhece um tal François-Marie Arouet (1694-1778). Mas muitos já ouviram falar de Voltaire. Eles são a mesma pessoa. O historiador e filósofo iluminista que impulsionou as Revoluções Francesa e Americana. O aristocrata liberal, conselheiro de reis, mas também preso e exilado de seu país. O polemista refinado que atacou o Cristianismo […]

CARTA OU MISSIVA? – Marcelo Alves Dias de Souza

CARTA OU MISSIVA? – Sempre me interessei pelo Big Brother. E não me refiro ao livro “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro” (“Nineteen Eighty-Four”, 1949), de George Orwell (1903-1950), embora seja fã da obra do escritor indo-britânico. Falo mesmo do BBB (Big Brother Brasil), que, nestes tempos de pandemia, é uma ótima opção para descansarmos […]

RELEMBRANÇAS – Marcelo Alves Dias de Souza

RELEMBRANÇAS – Esta semana tomamos posse na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Cinco novos acadêmicos. Cerimônia pequena, dada a pandemia, já que os habitantes daquela Casa, embora chamados de “imortais”, morrem deveras. Assentei-me na cadeira 19. E é meu dever – e prazer – homenagear os que, construindo e honrando a Academia, passaram por lá antes […]

A LEITURA MÁGICA – Marcelo Alves Dias de Souza

A LEITURA MÁGICA – Thomas Mann (1875-1955), que conheci por meio de “Carlota em Weimar” (1939), é um dos maiores escritores do século XX. Produziu romances, contos, ensaios e engajou-se na política, em especial contra os nazistas que emergiram em sua terra natal. É o maior romancista em língua alemã, superando, nesse gênero, até o […]

ROMANCE DE REEDUCAÇÃO – Marcelo Alves Dias de Souza

ROMANCE DE REEDUCAÇÃO – Hermann Hesse (1877-1962) nasceu no sul da Alemanha. Era filho de protestantes. Assim foi rigidamente educado. Deveria ter sido pastor pietista. Rebelou-se. Viajou para longe. Foi morar na Suíça, onde se naturalizou. Foi livreiro. Sofreu dos “nervos”. Casou três vezes. Escreveu poesia, romances, ensaios e por aí vai. Era pacifista. Durante […]

O ESCRITOR INTRANQUILO – Marcelo Alves Dias de Souza

O ESCRITOR INTRANQUILO – ​Graham Greene (1904-1991), o escritor, nasceu em Berkhamsted, uma pequenina e histórica cidade mercado do interior da Inglaterra. Tentou ser comunista. Acabou católico. Estudou em Oxford. Foi jornalista. Trabalhou para o serviço secreto inglês, especificamente para o MI6. Inquieto, alegadamente bipolar, viajou muito. México, Cuba, Haiti, América do Sul, África, Indochina […]

O ESPIÃO QUE SABIA ESCREVER – Marcelo Alves Dias de Souza

O ESPIÃO QUE SABIA ESCREVER – ​ ​David John Moore Cornwell (1931-2020) nasceu pelas bandas condado de Dorset, no sul da Inglaterra. Estudou em Oxford e na Suíça. Foi professor em Eton. Foi diplomata e trabalhou para o serviço secreto do seu país. Talvez vocês o conheçam pela alcunha de John Le Carré, pois foi […]

IMORTAL OU NÃO – Marcelo Alves Dias de Souza

IMORTAL OU NÃO – A mais ilustre das academias de letras é, certamente, a Académie Française, fundada pelo Cardeal Richelieu (1582-1642), em 1635, no reinado de Luís XIII (1601-1643). Como unidade administrativa, ela hoje faz parte do Institut de France, que engloba ainda outras quatro academias: Académie des inscriptions et belles-lettres, Académie des sciences, Académie […]

O NOVO ASSASSINATO – Marcelo Alves Dias de Souza

O NOVO ASSASSINATO – ​Entrou em cartaz nos cinemas do país, faz apenas alguns dias, um “novo” filme “Assassinato no Expresso do Oriente” (“Murder on the Orient Express”), sob a direção (e também estrelado por) de Kenneth Branagh (1960-). Digo um “novo” porque o romance homônimo da minha amiga Agatha Christie (1890-1976), de 1934, no […]

O HOTEL DO TREM – Marcelo Alves Dias Souza

O HOTEL DO TREM – ​Istambul – onde estivemos novembro passado numa expedição organizada pela Sunline, excelente agência de viagens da amiga Carol Costa – é uma cidade maravilhosa. Istambul tem, antes de qualquer coisa, a feliz característica de estar na Europa (pelo menos sua parte mais turística) e ser a capital de um país […]

O FUNDADOR – Marcelo Alves Dias de Souza

O FUNDADOR – ​Conversamos aqui, nas duas últimas semanas, sobre John Henry Wigmore (1863-1943), que, autor de famosas listas de “Legal Novels” (publicadas sucessivamente em 1900, 1908 e 1922, pelo menos), é considerado um dos precursores do movimento “Direito e Literatura” (“Law and Literature”). ​Já hoje falaremos sobre James Boyd White (1938-), que, com a […]

O DIREITO NA LINGUAGEM DO CINEMA IV – Marcelo Alves Dias Souza

O DIREITO NA LINGUAGEM DO CINEMA IV – ​Hoje, se Deus quiser, vamos encerrar esta nossa série de artigos sobre “o direito na linguagem do cinema” (afinal, serão quatro textos encarrilhados, e nem mesmo eu aguento mais escrever/falar sobre o assunto). Como prometido na semana passada, vou fazer este encerramento tratando de alguns recursos técnicos […]

O DIREITO NA LINGUAGEM DO CINEMA III – Marcelo Alves Dias

O DIREITO NA LINGUAGEM DO CINEMA III – Continuando esta nossa série de artigos sobre “o direito na linguagem do cinema”, hoje vou fazer uso, como insinuado nos artigos das semanas retrasada e passada, de assertivas constantes do livro “O cinema pensa: uma introdução à filosofia através dos filmes” (Editora Rocco, 2006), de Julio Cabrera, […]

O DIREITO NA LINGUAGEM DO CINEMA II – Marcelo Alves Dias de Souza

O DIREITO NA LINGUAGEM DO CINEMA III – ​ Na semana passada, defendi aqui o estudo do direito através da linguagem do cinema, especialmente através daquelas obras que podemos classificar como “filmes jurídicos” (“legal films”, em inglês). Hoje, como prometido, vou dar algumas das razões que fundamentam esse meu ponto de vista (à semelhança, aliás, […]

O DIREITO NA LINGUAGEM DO CINEMA I – Marcelo Alves Dias de Souza

O DIREITO NA LINGUAGEM DO CINEMA I – ​ Já disse aqui certa vez, na esteira do jurista belga Bruno Dayez (autor de “Justice & cinéma”, editora Anthemis, 2007), que o direito “é um dos temas favoritos do cinema”. As razões para tanto, disse também à época, são muitas. As questões judiciais muitas vezes envolvem […]

O DIREITO CONTADO III – Marcelo Alves Dias de Souza

O DIREITO CONTADO III – ​Como eu disse no artigo da semana passada, a literatura contribui para a construção da consciência jurídica do cidadão comum. Mas ela estrutura uma “realidade” jurídica, a partir do universo das possibilidades, que nem sempre coincide com o que realmente existe ou existiu. Até porque estamos falando, essencialmente, de obras […]

O DIREITO CONTADO II – Marcelo Alves Dias de Souza

O DIREITO CONTADO II – ​No artigo da semana passada, eu defendi aqui, basicamente, que a consciência jurídica do cidadão médio não é formada através de tratados ou de manuais de direito, mas, sim, por intermédio de outras fontes, entre elas a ficção jurídica.​ De modo bastante prosaico até, parece-me certo que o cidadão médio […]

O DIREITO CONTADO I – Marcelo Alves Dias de Souza

O DIREITO CONTADO I – ​Na introdução a “Imaginar la ley: El derecho en la literatura” (publicado na Argentina, em 2015, pela Editorial Jusbaires, com o apoio do Poder Judicial de la Ciudad de Buenos Aires/Consejo de la Magistratura), os organizadores desse excelente livro, Antoine Garapon e Denis Salas, afirmam: “A literatura cria personagens que […]

GLAMOUR E DECADÊNCIA – Marcelo Alves Dias

GLAMOUR E DECADÊNCIA – O meu primeiro contato com F. Scott Fitzgerald (1896-1940) foi por meio do cinema. Fiquei encantado com o filme “O Grande Gatsby” (“The Great Gatsby”), de 1974, adaptação do romance homônimo de 1925. O filme tem direção de Jack Clayton (1921-1995) e roteiro de Francis Ford Coppola (1939-). No elenco estão […]

O DIREITO CONTADO I – Marcelo Alves Dias de Souza

O DIREITO CONTADO I – ​Na introdução a “Imaginar la ley: El derecho en la literatura” (publicado na Argentina, em 2015, pela Editorial Jusbaires, com o apoio do Poder Judicial de la Ciudad de Buenos Aires/Consejo de la Magistratura), os organizadores desse excelente livro, Antoine Garapon e Denis Salas, afirmam: “A literatura cria personagens que […]