MEU TIO VIVI – Dalton Mello de Andrade

MEU TIO VIVI – Veríssimo de Mello. Meu tio Vivi. Com essas minhas lembranças de Vivi, encerro a “trilogia” dos meus trios, todas grandes figuras, de cujas amizades e intimidades tive o prazer de ter. Vivi era o seu nome de guerra. Raramente alguém o chamava de Veríssimo. Meu avô gostava de nomes diferentes e […]

CARNAVAL – Dalton Mello De Andrade

CARNAVAL – Nunca fui o que se poderia chamar de carnavalesco. Muito menos de carnavalesco emérito. Mas, temp passé, dei minhas pernadas, como se dizia antigamente. Lembro-me, com alegria, dos tempo dos bailes no antigo Aero Clube, com Boquinha fiscalizando o nosso comportamento; do corso na Ribeira, depois na Av. Rio Branco e em seguida […]

MEU TIO PROTÁSIO – Dalton Mello de Andrade

MEU TIO PROTÁSIO – Posso dizer que fui um sujeito de sorte. Todos os meus tios eram gente fina. Já falei sobre Pelúsio e agora chegou a vez de Protásio. Com ele, tinha muitas afinidades. Foi o meu primeiro professor de Inglês. Começo da entrada de Natal na guerra, primeiros americanos chegando, e a quase […]

REMINISCÊNCIAS – Dalton Mello de Andrade

REMINISCÊNCIAS – Nesses últimos dias venho me lembrando muito de meu avô, Graciano Mello, de quem fui muito ligado. Nasceu em 1876 e faleceu em 1950, com 74 anos. Minha avó, Emília, também era uma pessoa muito querida. Faleceu com 100 anos. Meu avô era de Campo Grande e veio para Natal trazido por um […]

AUSÊNCIA – Dalton Mello de Andrade

AUSÊNCIA – Alguns amigos reclamam minha ausência no Facebook. Já dei algumas explicações do por que. Andei meio pitimbado, com uma anemia insistente. Com isso, a preguiça, que já é inerente à velhice, que gosta de comodidade e do não fazer nada, aumentou, e me retirou das atividades que me aprazem. Finalmente, olhando para um […]

MEU TIO PELÚSIO II – Dalton Mello de Andrade

MEU TIO PELÚSIO II – Mais algumas estórias de Pelúsio. Desta vez, à medida que vêm a memória, sem preocupação com a sequencia. São interessantes de qualquer jeito. Uma das mais interessantes, e que não é piada. No tempo da guerra, Pelúsio, e os seus outros três colegas da Saúde do Porto, viviam praticamente em […]

MEU TIO PELÚSIO – Dalton Mello de Andrade

MEU TIO PELÚSIO – Médico, formado em Recife em 1936, veio para Natal, mas foi convidado para trabalhar em Campo Grande (Augusto Severo), onde passou um certo tempo e de onde tinha lembranças de seu inicio de carreira bastante interessantes. Era o único médico da cidade, naquele tempo, e vivia sempre muito atarefado. Uma das […]

TIPOS POPULARES – Dalton Mello de Andrade

TIPOS POPULARES – Estudantes do Atheneu, tínhamos um grupo de colegas que “gazeavam” as aulas quase todas as tardes, especialmente de um professor chato, de uma matéria chata, Latim, e que era sempre no final das tardes. Íamos para o Grande Ponto, naquele tempo, início dos anos 40, principal ponto de encontro de Natal, com […]

EVOLUÇÃO E INVOLUÇÃO – Dalton Mello de Andrade

EVOLUÇÃO E INVOLUÇÃO – Nesses tempos bicudos que estamos vivendo, tenho pensado muito em meu pai. Era de 1905 e morreu com 89 anos. Não era de muita conversa com os filhos, mas sempre dizia o que pensava e achava certo ou errado o que fazíamos. Discordei dele várias vezes, ficávamos trombudos um com o […]

PALAVRAS – Dalton Mello de Andrade

PALAVRAS – Dias passados escrevi um artigo que tinha como título a palavra “belicoso”. Recebi o comentário de um amigo, que colocou essa palavra entre aspas, e disse que gostou muito do que escrevi, especialmente por ter dito que de “belicoso” eu não tenho nada. E não tenho mesmo. Mas me fez começar a pensar […]

O QUE É DEMOCRACIA? – Dalton Mello de Andrade

O QUE É DEMOCRACIA? – Estamos vivendo momentos difíceis no Brasil (e quando não os  vivemos?) e eu, que havia me prometido não comentar assuntos políticos, me vejo obrigado a fazê-lo, para republicar uma lição de Winston Churchill aos italianos, logo depois que fizeram as pazes com  os ingleses, numa visita que fez ao país […]

PREÂMBULO – Dalton Mello de Andrade

PREÂMBULO – Preâmbulo necessário para entender esta história, que sempre achei muito divertida e resolvi contar agora. Meu sogro, Hermógenes Medeiros Filho, era presbiteriano, austero, de uma boa conversa, mas sempre muito sério. A mulher dele, Nícia, era católica. Mas, cada um vivia sua religião. Deixaram aos filhos que escolhessem sua religião quando assim entendem-se. […]

BELICOSO – Dalton Mello de Andrade

BELICOSO – Eu, que me considero um sujeito pacífico, tive um sonho belicoso. Felizmente, foi antes da II Guerra e no meu tempo de menino. Por volta dos anos 1938/1940. E as “armas” eram todas de brinquedo. Talvez já pela beligerância que já começava a surgir nesse tempo, a maioria dos brinquedos masculinos tinham a […]

RECUERDOS – Dalton Mello de Andrade

RECUERDOS – Dizem que o chato de conversar com velho é que ele só se lembra do “antigamente”. Antigamente era assim, era assado, isso não se fazia, falta de educação, e por aí vai, ou ia. Eu, que já não sou um “broto”, acho ótimo de me lembrar do passado, do passado feliz, alegre, agradável, […]

MÚSICA – Dalton Mello de Andrade

MÚSICA – Eu me pergunto. Como diabo vim gostar tanto de música clássica? Meu tempo de menino foi ouvindo música brasileira o tempo todo. Meu pai gostava, cedo comprou uma daqueles vitrolas de corda (depois comprou uma eletrônica), que você mudava a agulha, e comprava discos em quantidades e dos mais variados. Tinha predileção por […]

ESTATÍSTICAS E COVID-19 – Dalton Mello de Andrade

ESTATÍSTICAS E COVID-19 – O ensino de Estatística, no meu tempo, era muito precário. O pouco que aprendi foi no meu curso de Contabilidade, e incluía apenas a interpretação dos índices, mas praticamente nada de sua feitura, pesquisas, cálculos, resultados, apresentação. Você lia os índices e não se discutia como se tinham chegado aos resultados. […]

DISCURSO – Dalton Mello de Andrade

DISCURSO – Minha intenção hoje, quando completo noventa anos, era juntar a família e alguns amigos num jantar onde esse posso provar que ainda estava vivo e bulindo, mesmo ao completar noventa anos.  Cheguei a fazer a relação, escolher o local, pensava na comida e na bebida. Minha neta, Thaisa, estava encarregada de resolver o […]

NÃO HÁ MALES QUE NÃO TRAGAM UM BEM – Dalton Andrade

Não há males que não tragam um bem, diz o velho ditado. Estou aproveitando o meu castigo para reler alguns livros antigos. No momento, recomecei a ler os seis volumes de Churchill sobre a Segunda Guerra. Ninguém melhor do que ele para falar sobre o assunto. Primeira edição, a partir 1946, no original, e já […]

CORONAVÍRUS – Dalton Mello de Andrade

CORONAVÍRUS – Estou de castigo, como a maioria de vocês. Quinze dias que não boto o pé fora da porta. Na minha idade, safenado, o risco é maior do que o usual. Então, todo cuidado é pouco. Não é que tenha medo de morrer. Todos nós vamos nesse caminho. Mas, enquanto puder demorar, faço meu […]

NOVENTA – Dalton Mello de Andrade

NOVENTA – Acordei hoje lembrando-me que estou chegando bem perto dos noventa. Isso, na realidade, não me incomoda. Envelhecer faz parte da vida, e já dizia Churchill muito bem que a alternativa é muito pior. Claro que é. Meu amigo Alvamar dizia que a característica marcante de um velho era andando com passinhos curtos, bunda […]