Bebê de oito meses é a primeira morte por sarampo no Rio de Janeiro nos últimos 20 anos. — Foto: Carlos Brito/ G1
Bebê de oito meses é a primeira morte por sarampo no Rio de Janeiro nos últimos 20 anos. — Foto: Carlos Brito/ G1

Um bebê de oito meses foi o primeiro morto por sarampo registrado no estado do Rio de Janeiro, após 20 anos da última morte registrada em decorrência da doença no país. Desde 2000 nenhuma morte pela doença havia sido registrada no estado. A doença havia sido erradicada em 2016.

(Correção: O G1 errou ao informar que o sarampo havia sido erradicado há mais de uma década no Rio de Janeiro. A informação foi corrigida às 11h52).

Segundo a secretaria Estadual de Saúde, Davi Gabriel morreu no dia 6 de janeiro, mas a confirmação da causa da morte ocorreu apenas agora. A criança estava no abrigo Santa Bárbara, em Vila de Cava, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Ainda de acordo com a secretaria, a vacinação era feita de forma rotineira, mas a criança contraiu sarampo antes dos seis meses de vida, idade mínima para a primeira dose da vacina.

David deu entrada no Hospital Geral de Nova Iguaçu no dia 22 de dezembro com quadro de pneumonia. Foram coletadas amostras para os exames, que confirmaram a doença em duas diferentes análises.

Dados do Ministério da Saúde afirmam que entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do Ceará e Pernambuco, com 1.310 casos. Os surtos foram controlados com as medidas de bloqueio vacinal e, em 2016, o Brasil recebeu o Certificado de Eliminação do Sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

O Brasil perdeu o certificado em fevereiro deste ano e, atualmente, empreende todos os esforços para eliminar novamente a transmissão do vírus no país, com reforço da vacinação contra o sarampo.

Rio pode ter 10 mil casos em 2020

Durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (14), o secretário de Saúde do estado, Edmar Santos, destacou que a campanha de vacinação no Rio de Janeiro está muito aquém do esperado. A meta é atingir três milhões de pessoas, mas, até agora, chegaram a apenas 200 mil.

Segundo o secretário, se continuar nessa progressão, o Rio pode ter 10 mil casos este ano.

Este ano foram registrados 189 casos de sarampo. No ano passado, houve 333 pessoas com a doença.

Campanha no sábado

Neste sábado (15), mais de 350 postos da Secretaria Municipal de Saúde estarão abertos no Rio para o dia D Nacional de combate ao sarampo.

A recomendação é que pessoas entre seis meses e 59 anos compareçam a um posto de vacinação para checar seu histórico vacinal e verificar se já tomaram as doses necessárias contra o sarampo – é preciso levar a caderneta de vacinação para que isso seja conferido.

Mas quem não tem ou perdeu a caderneta também deve comparecer aos postos.

Todas as 233 unidades da rede de atenção primária, como as clínicas da família, e 120 postos extras montados em todas as regiões da cidade vão vacinar a população entre 8h e 16h.

Sarampo

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, sendo transmitida por meio da fala, tosse e espirro. A doença pode deixar sequelas por toda a vida ou mesmo ser letal.

A pessoa contaminada pode apresentar mal-estar geral, febre, manchas vermelhas que aparecem no rosto e vão descendo por todo o corpo, além de tosse, coriza e conjuntivite.

Contraindicações

Pessoas com suspeita de sarampo, imunocomprometidas, gestantes e crianças com menos de seis meses não devem receber a vacina.

Alérgicos a proteínas do leite de vaca devem informar a condição ao profissional de saúde no posto de vacinação para que recebam a dose feita sem esse componente.

Fonte: G1

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