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ANDAR SOBRE AS ÁGUAS –

“Senhor”, disse Pedro, “se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas”.

“Venha”, respondeu ele. Então Pedro saiu do barco, andou sobre a água e foi na direção de Jesus.

Mas, quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me! ”
Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou. E disse: “Homem de pequena fé, por que você duvidou? ” (Mateus 14:28-31).

Já ouvi muita gente criticar Pedro por ter afundado… Como se fosse fácil andar sobre água! Todavia, só Jesus teria o direito de criticá-lo, como, aliás, o fez; porque só Ele é perfeito. E na verdade, Pedro foi o único apóstolo a andar sobre as águas!

Agora, trazendo para nós, que lição poderíamos extrair do texto acima? Por que, afinal, Pedro afundou?

Espiritualmente falando, Pedro não afundou simplesmente por falta de fé – pois fé ele tinha, embora que pequena (e, para Deus, basta que a nossa fé seja do tamanho de um grão de mostarda!). Ele afundou porque perdeu o foco (“reparou no vento”), desviou sua atenção, deixou-se envolver pelas condições do ambiente, apoiou-se em suas próprias forças e sentiu medo.

Em última análise, ele afundou porque sem Deus é impossível qualquer um de nós sobreviver (na verdade, nem viríamos a existir!).

Muitas coisas podem desviar nossa atenção. Muitas coisas podem nos embaraçar, atrasar, senão mesmo parar completamente a nossa caminhada para o auto-encontro. Devemos estar atentos! O apego aos bens materiais, os vícios e prazeres sensuais, e tudo o que nos aprisiona exacerbadamente ao mundo dos sentidos físicos, tudo o que sufoca os anseios do espírito, devem ser tratados com muita atenção e sabedoria.

A riqueza, o poder, o narcisismo, a fama, a vaidade, o orgulho, a inveja, o ciúme, a avareza, a maledicência…, todos são exemplos de coisas que podem atrapalhar a nossa ascensão espiritual, caso sejamos possuídos por qualquer deles. Tudo está aí para o nosso aprendizado. Sejamos, pois, hábeis no traquejo desses elementos.

Procuremos, portanto, nos envolver pelas luzes que vem do amor, da paz, da justiça, do perdão, da compreensão…; sejamos, antes,  senhores de nós mesmos, e não nos deixemos escravizar pelos desejos materiais, “e tudo o mais nos será dado por acréscimo”.

E nunca devemos esquecer: o Cristo está sempre disposto a nos ajudar, como informa o texto citado acima: “Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou.”

João Batista Soares de Lima  – Ex secretário de Tributação e Membro da Arca da Aliança – Movimento Cristão.

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores          

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