FLAVIO RESENDE.

REFLEXÕES EM PONTA NEGRA –

Entre um afazer e outro decido por um rolezinho na bela praia de Ponta Negra. Ao sair observo as duas cadelas Chica e Lola em agradável convivência. Uma enorme e a outra pequenina. Na ausência de pensamentos racionais que as aprisionariam ao passado ou ao futuro, desfrutam do presente deliciosamente.

Já eu, um ser humano repleto de pensamentos racionais começo minha jornada com a notícia do desencarne de um conhecido. Neste momento a mente pensa que ele deve aproveitar seu retorno a morada espiritual e livre da carcaça da carne, analisar os erros e acertos e buscar a melhoria em futuras oportunidades.

Depois a mente entra em conexão de gratidão com meu guru Sathya Sai Baba e começa a pedir carinhosa atenção para familiares adoentados e amigos com necessidades diversas. Em seguida a caminhada revela seres deitados ao sol, certamente com noite em claro e cena indicativa de sofrimentos, privações e problemáticas variadas.

A mente influenciada por um sol purificador, uma música indiana e visual encantador não leva a visão para a condenação, antes pelo contrário, percebe aquele ser como um semelhante, um irmão e sente aquela tristeza por sua situação. A caminhada do corpo é também a caminhada da mente. Pensamentos se revezam na cabeça como os pés se alternam no solo.

O importante é tentarmos dirigir nossa racionalidade o máximo possível para a espontaneidade dos animais e buscarmos divinizar nossas reflexões para que possamos evoluir para sermos cada vez mais solidários, amigos e irmãos. A maneira como pensamos revela quem verdadeiramente nós somos. A ação provém desta fonte.

Procuremos santificar cada vez mais nosso pensar, só assim o agir mostrará que a racionalidade que conquistamos encarnando como humanos, poderá nos conduzir ao passo seguinte e chegarmos a um maravilhoso estágio divino. Nesta situação não mais caminharemos pensando, voaremos amando…

Flávio Rezende – Jornalista e ativista social

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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