ANTIGAS PAISAGENS –

Mais uma vez a antiguidade posta da mamãe a prosta num leito hospitalar para uma atenção maior. Depois da visita e do beijo amoroso, uma vez motoqueiro novamente, decido reviver o passado e jogo âncora na praia do Forte.

Foi lá que pratiquei muito frescobol, que adentrei no universo sexual com a primeira experiência na famosa Transamazônica, gratuita, sem medo de ladrão, só de olho na polícia. E foi no Forte onde curtia pescarias com meus irmãos e pai, arrodeava a fortaleza depois de atravessar a ponte de cimento, tendo ainda visto ali muitas cocotas, namorado bastante, e curtido por do sol da passarela.

Tomei um banho maravilhoso, gargarejei, tirei umas fotos, liguei a motoca e atravessei a Ponte de Todos. O desembarque seguinte foi na Redinha, em frente a igrejinha, visão do Redinha Clube, enseada, ponte, barracas, camelôs, bêbados, boêmios, mais fotos e sentei para a tradicional ginga com tapioca.

Com o coração tranquilo, lindo visual e solitário, fiquei lembrando das festas, carnavais, farras, travessias, estórias e histórias, crônicas de Serejo no Diário de Natal e O Jornal de Hoje. Poesias, quadros de Navarro, e apreciei feliz a passagem dos seres.

Sentindo a brisa, mais uma vez agradeci os mestres espirituais a vida que tenho. Por onde vá, no ontem ou no hoje, seja aqui, ali ou acolá, estou sempre com aquele gostinho de amor latente, temperando as paisagens, animando as visões e inspirando as escritas. Sou feliz e muito mais ainda quero ver e rever.

 

Flávio Rezende – Jornalista e ativista social

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