O avanço do mar vem causando gravíssimos problemas na orla de Natal. Além disso, as mais recentes chuvas que tem caído na cidade vêm igualmente causando transtornos imensos, em todas as regiões da capital. Isso tudo mostra um problema que salta aos olhos da população e causa muita preocupação: a falta de manutenção de equipamentos e obras públicas em nossa capital.

As autoridades públicas parecem não gostar desse tema. A impressão que fica realmente é que elas acham que o que se gasta com manutenção é mera despesa e não investimento. Assim, não acontece se mantiver tais equipamentos em ordem, para o bom uso e o bem estar da população. Em muitos casos, se usam recursos em obras novas, mais visíveis, deixando em segundo plano a manutenção de equipamentos vitais, como por exemplo, as tubulações de esgoto e drenagem, e das galerias pluviais. Que, em ultima análise, são as responsáveis pelos pontos críticos de alagamento nas ruas e avenidas, como as que vimos na última quinta-feira, em vários bairros da cidade. Ninguém quer gastar dinheiro com esse tipo de coisa.

A verdade é que o assunto só é lembrado quando alguns vexames acontecem. Como o que aconteceu algum tempo atrás com a ponte da BR 101, na divisa de Natal com Parnamirim. Sobre esse assunto, recebemos uma denuncia do engenheiro paulista Mauricy Terra, que já mora em Natal há muitos anos, enfocando principalmente o problema da cortina de contenção da praia de Miami, em Areia Preta. Segundo ele, já faz mais de cinco anos que foi encaminhado ao DER um alerta sobre a necessidade de manutenção daquela obra civil.  Até o momento, contudo, nada foi feito, embora o órgão tenha reconhecido a necessidade de se reconstruir a obra de contenção.

           

Quando ocorreu a duplicação da Via Costeira, o calçadão foi refeito em três pontos diferentes, devido a afundamentos.  Mas a cortina continua lá, da mesma forma, com todos os seus ferros totalmente super oxidados, expostos ao sol, chuva, sereno e aos efeitos da maresia. E o pior disso tudo, é que essa obra é quem segura literalmente a Avenida Silvio Pedrosa, naquele trecho. Em caso de acontecer algum problema, o que não é tão remoto assim, toda a área terá que ser interditada.

             

Fica, portanto, esse registro, pois queremos evitar o caos para o trânsito da cidade, caso ocorra algum desmoronamento naquela área. E não é demais imaginar que se esse problema acontecer de fato no ano da Copa, em pleno mês de maio e junho, onde geralmente chove em Natal, vai ser um desastre de grandes proporções.

Da redação de Nelson Freire  para o Blog Ponto de Vista

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