A DISPUTA POLÍTICA ENTRE OS GOVERNOS DO ESTADO E DE NATAL –

​​​A situação da atual fase da pandemia no Estado do Rio Grande do Norte há uma clara disputa entre os dois governos do Estado e do Município de Natal, muito mais tratado assim, talvez pela eleição que se aproxima que deixou de ser no dia 04 de outubro para 15 de do fluente ano, em face da nova PEC, neste aspecto menos mal, pois há quem defendia o adiamento para 2022 em nome de uma eleição geral.​​​

A pandemia provocada pelo coronavírus trouxe muitas incertezas, um vírus desconhecido, sem remédios e sem vacinas, com uma recomendação dos organismos da saúde de quarentena e isolamento social, como forma adequada para o combate no sentido de evitar a expansão, difícil de ser executada no país, pela diversidade cultural, pelas nossas indisciplinas e o perfil do individualismo, muito diferente do Oriente.

A quarentena fora contestado por muitos, e no Brasil em razão do Presidente que claramente minimizou a situação, recebendo, inclusive a discordância de Tramp, demitiu dois Ministros da saúde em plena pandemia, não conseguindo unificar padrões de protocolo, e unidade de ações governamentais em tempo de crise, atingindo o Brasil mais de sessenta mil mortos, vítima do covid-19, ainda com tendência ao crescimento de vidas a ser perdidas.

No Rio Grande do Norte a pandemia surgiu com a possibilidade logo de dois hospitais de campanha, o do Estado na Arena das Dunas e do Município na via costeira, utilizando o prédio de um hotel sem funcionamento penhorado no âmbito da Justiça do Trabalho, o do Estado não deu certo e compensado com a abertura de leitos e UTIs em todas as regiões do Estado.

O momento é de unidade, de unir ações governamentais, não de distanciamento, de tentativa de esvaziar ações que deveriam ser defendidas por todos, e não utilizar da demagogia e do proselitismo político, como aconteceu com os Decretos de abertura das atividades produtivas, que o Município de Natal se antecipou um dia, e agora a Governadora suportando todas as críticas, segurou a segunda fase e o Município de Natal deu seguimento, com todos os riscos, contrariando mais uma vez, as recomendações do Ministério Público, podendo mais na frente ser responsabilizado pelas vidas que vão se perder.

O covid-19 até aqui vem pegando todas as classes sociais, o que pese as medidas ditas profiláticas de alguns possíveis remédios sem comprovação ainda científica para a doença, e os acompanhamentos clínicos diferentes, e os óbitos estão em toda parte, de figuras ilustres e profissionais renomados, atingindo igualmente, a população sem renome, a cidadania em geral.

Está disputa provocada pela Municipalidade precisa acabar, o Ministério Público, precisa urgentemente, fazer um ajuste de conduta, uma reunião com a participação dos agentes políticos do Estado e no mínimo com os agentes políticos da Região Metropolitana de Natal, para buscar unidades, em relação à quarentena, a abertura dos negócios, e até se possível unificar minimamente protocolos de saúde.

 

 

 

Evandro de Oliveira Borges – Advogado

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *