A COR IDEOLÓGICA DO NOVO CORONAVÍRUS –
O Brasil está vivendo uma verdadeira guerra. A esmagadora maioria da população nunca vivenciou algo parecido. A última pandemia ocorreu em 1917, com a gripe espanhola.
Por isso não podemos politizar a pandemia do vírus por aqui. Porque afinal, o novo coronavírus não tem cor ideológica, apesar de ter surgido na China.
Precisamos acabar com essa divisão política, num momento de tanta gravidade. Vamos deixar essa briga aqui no Brasil somente para quando houver eleições. Agir diferente é um crime contra o povo, o país e a própria humanidade. Não foi a toa que o próprio diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez o apelo para que a politização do vírus seja posta em quarentena, aqui e no resto mundo.
O nosso país nunca passou por isso antes, como vimos acima, e a situação é ímpar. Por isso não podemos torcer contra o que as autoridades buscam fazer com o objetivo de estancar o alastramento e procurar a cura definitiva para o mal. Bem ou mal elas estão preocupadas de fato em romper o crescimento da pandemia.
Eu por exemplo, como tantos outros, torço para dar tudo certo na guerra contra a doença. E claro, está mais que comprovado que o momento que vivemos não é o mais adequado para se fazer ou falar de política. Até porque nos dias de hoje, isso virou um terreno altamente escorregadio, sujeito a diversas interpretações
E o foco não é politização. O foco é minimizar ao máximo os efeitos da Covid-19. Que tem gerado dor, morte, desespero. Então o que eu espero que ocorra é uma trégua ideológica e com ela a união de todas as pessoas nesta luta. Chega de divisão. Até porque, como escreveu Nizam Guanais. a morte, é uma ocorrência suprapartidária.
Nelson Freire – Jornalista, editor do Blog Ponto de Vista, Economista e Bacharel em Direito